domingo, 27 de novembro de 2011

Discurso proferido pelo Embaixador Gonçalo de Barros Carvalho e Mello Mourão, Paraninfo da Turma Zilda Arns do Instituto Rio Branco

Hoje compartilho com vocês o excelente discurso do Embaixador Gonçalo de Barros, proferido por ocasião da cerimônia de formatura da turma 2008/2010, do Instituto Rio Branco. O diplomata nos brinda com uma relevante mensagem, remetendo os formandos do IRBR à reflexão sobre tradição e inovação na diplomacia brasileira, ascensão e queda de grandes potências na história da humanidade e como o Brasil deve se colocar frente a esse desafio, e ainda, que a verdadeira amizade, baseada na solidariedade e igualdade entre as nações, concede e constrói relacionamentos bem mais duradouros e sustentáveis. Segue o discurso na íntegra.


Boa leitura!

Igor Moura

Excelentíssimo Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República
Excelentíssimo Senhor Embaixador Celso Amorim, Ministro das Relações Exteriores e Excelentíssima Senhora Embaixatriz Ana Maria Amorim
Excelentíssimo Senhor Embaixador Antônio de Aguiar Patriota, Secretário Geral das Relações Exteriores
Excelentíssimo Senhor Embaixador Georges Lamazière, Diretor do Instituto Rio Branco
Excelentíssimo Senhor Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Secretário de Estado e demais autoridades
Meus colegas diplomatas e funcionários do Serviço Exterior
e, muito especialmente
Caros colegas cuja formatura comemoramos hoje e seus familiares

O Itamaraty é uma instituição de tradições.
Talvez, uma das mais sólidas de nossas tradições seja precisamente esta: repetirmos que somos uma instituição de tradições.   Mas as tradições sobre as quais nos apoiamos não são formas de passadismo, não são um passado que se repete.   Pelo contrário, nossas tradições são a repetição de um presente que se renova ;  permanecem porque criam e não porque se imobilizaram.
A diplomacia do Brasil constrói-se, constantemente, com tradição e inovação.   Não foi à toa, aliás, que o Embaixador Celso Amorim recebeu, há poucos dias, um extraordinário prêmio, exatamente, por seus méritos de Inovador.
Muitas de nossas tradições são histórias, situações, frases  -  algumas que até talvez nem tenham existido mas que vivem, exatamente porque expressam um presente constante de aspectos de nossa atividade diplomática e não simplesmente um passado que se rememora.   Nossa tradição maior é inovar.
Este aparente paradoxo de nossas tradições é que faz com que a carreira de diplomata seja composta por uma quantidade constante de surpresas ;  surpresas quase sempre comuns e recorrentes, porque já são tradicionais mas que são sempre surpresas :  às vezes agradam, às vezes assustam, às vezes até espantam.   Há uma surpresa, entretanto, que não ocorre com freqüência em nossa carreira e é esta com que vocês quiseram me honrar, ao me convidarem para paraninfo de sua turma.
Ao receber e aceitar, com agrado e com espanto, a surpresa do convite, lembrei-me imediatamente de uma de nossas histórias tradicionais, que é a seguinte :  dizem que o Chanceler Araujo Castro, logo após o golpe de estado de 1964, aguardava em casa, demissionário, que o futuro que lhe reservariam os militares que assumiram o poder.  Esperou alguns longos dias até que, finalmente, recebeu um telefonema de um tenente-coronel qualquer, convocando-o a comparecer ao Palácio das Laranjeiras.   Era uma época de cassações e perseguições e o Castro ficou, naturalmente, apreensivo.   Não querendo arriscar-se a ir sozinho, ligou para vários de seus ex-auxiliares no Ministério mas todos tinham uma desculpa, muito sólida, para não aceitarem o convite espinhoso de acompanhá-lo.   Ligou, finalmente, para o Embaixador Azeredo da Silveira, explicou a situação e fez a pergunta fatídica :  "Então, Silveira, você vai comigo ?"   Dizem que o próprio Castro contava que passaram-se uns segundos de silêncio e ele ouviu a voz fanhosa do Silveirinha responder :  "Olha, Castro, eu vou.   Mas que convite dos diabos esse que você me faz !"
Eu aceitei, também, o convite de vocês e estou aqui, então.   Mas que convite complicado !   Não, graças a Deus, pelos mesmos riscos que correu o Chanceler Araujo Castro em 64, mas pela responsabilidade de ter que falar sobre política externa, sobre diplomacia, sobre vida diplomática, diante do Presidente da República, que determina nossa política externa, do Ministro de Estado, que orienta sua execução e de todos os colegas, que exercem a diplomacia diariamente ;  e diante de vocês, novos colegas, quase a metade dos quais já está em posto, padecendo ou usufruindo plenamente da vida diplomática.   O que dizer aqui sobre política externa, diplomacia ou vida diplomática ?
Socorro-me, então, da tradição.
Outros de nós já foram convidados para paraninfos de turmas anteriores, desde os simples Embaixadores  -  como eu  -  até os Secretários-Gerais e o próprio Ministro de Estado.   E eu me lembro das belíssimas palavras da querida Embaixadora Heloísa Vilhena quando, também paraninfa, nos explicou anos atrás, nesta mesma sala, a origem e significado da palavra paraninfo e nos encantou com sua explicação.
A Heloísa nos dizia que a palavra vem de uma expressão grega que designava, inicialmente, aqueles que acompanhavam a noiva ou o noivo e os conduziam ao local das núpcias.   Daí, passou a designar aqueles que conduzem os novatos a seu novo estado.   Esta é a tradição.   E esta é a tradição que se repete hoje ;  mas se repete renovada.   Renovada porque vocês, de quem eu sou hoje o paraninfo, já não são mais noivos ou noivas ;  já estão casados há uns dois anos com essa nossa carreira e eu espero que nenhum já esteja pensando em divórcio.   Mas, então, de que sou eu paraninfo, nesta nova situação ?   A que novo estado fui eu chamado a conduzir vocês ?
Eu lhes dei algumas aulas, delicadas, de linguagem diplomática.   Delicadas, por um lado, porque, se amanhã vocês expressarem conceitos esdrúxulos sobre relações internacionais ou se claudicarem no francês, ninguém perguntará quem lhes deu aulas disso no Rio Branco ;  mas, se entregarem uma minuta de telegrama com algum despropósito de redação a seu Chefe de Departamento, ele vai logo perguntar :  “Você não teve aula de linguagem diplomática no Rio Branco, não ? ”   Mas, por outro lado, aulas delicadas porque pretendi, também, transmitir algum sentimento sobre o que eu entendia que deveria ser um diplomata brasileiro e, mais ainda, sobre o que eu entendia que deveria ser o Brasil de um diplomata brasileiro.   Já não há mais tempo para transmitir nada sobre linguagem diplomática ;  mas creio que posso tentar mostrar, em poucas palavras, a que Brasil eu gostaria de vê-los chegar, como diplomatas, já que vocês me colocaram aqui hoje neste parlatório.
O Itamaraty é uma instituição de tradições mas não somos reféns do passado, pelo contrário, somos aqui reféns do futuro.   Nós vivemos no futuro ;  mas não num futuro de sonhos.   Nós, diplomatas, vivemos e trabalhamos naquele futuro de que falava o grande poeta Eliot, nos Quatro Quartetos, onde expressou a intuição extraordinária da realidade do tempo, nos versos que dizem assim :  "O tempo presente e o tempo passado / estão ambos talvez presentes no tempo futuro / e o tempo futuro contido no tempo passado".
Este é o nosso tempo, o tempo dos diplomatas :  uma espécie de futuro que é passado e que é presente.   O que significa isto em política externa, o que significa isto nas relações internacionais do Brasil ?
Significa o que eu venho dizendo, que nós não devemos pretender meramente repetir nossas tradições mas, na repetição das tradições, inovar sempre.   E nós estamos inovando.   Inovando dentro de uma tradição, com a qual aprendemos o mal e o bem :  a tradição de nossa formação nacional, da trabalhosa construção de nossa nacionalidade, dos relacionamentos com nossos vizinhos, da longa busca e consolidação de uma sociedade nacional igualitária.   E a tradição nova, que se vai instalando, de nossa insistência na busca e na institucionalização da solidariedade.
O filósofo espanhol Ortega y Gasset tem uma das frases lapidares do sofrido século XX ;  dizia ele :  “Eu sou eu e minha circunstância e se não a salvar, não me salvarei”.   Esse conceito nós devemos aplicar não só aos indivíduos mas, enquanto diplomatas brasileiros, também a nosso país.
O Brasil é um país que vem crescendo, às vezes lentamente mas sempre inexoravelmente.   Já somos um país grande e podemos muito bem supor que seremos um país cada vez maior.   Crescemos dentro de nós e crescemos no mundo, em nossa circunstância.   E isso nos coloca frente à pergunta crucial, que nós diplomatas nos devemos fazer sempre :  nós crescemos no mundo, para que ?
Desde quando nos lembra a história, países têm crescido e potências têm surgido e se sucedido como protagonistas no cenário internacional.   Potência após potência.   Império após Império.   Mas têm crescido sozinhos, sem se preocuparem, genuinamente, com o crescimento de suas circunstâncias :  por isso se perderam.   Porque as circunstâncias dos países são os outros países e, hoje, cada vez mais, todos os outros países.   As potências se sucederam na história, umas após as outras, sem deixar nenhum rastro ontologicamente novo e diferente nas relações internacionais, que não fosse o da dominação e destruição de suas circunstâncias.   Que não fosse o egoísmo do crescimento a todo custo.
O Brasil cresce, inexoravelmente e um dia vamos ser uma potência.   Mas  -  volto a perguntar  -  cresce para que ?   Apenas para repetir, sem inovar, uma tradição política milenar ?   Então, se for assim, isso significará apenas que nós seremos ricos, teremos submarinos nucleares e fronteiras vigiadas e seguras, colheitas gigantescas, centros de pesquisa avançadíssimos, moeda forte ;  seremos grandes, nos imporemos pelo mundo a fora, poremos e disporemos.   Eventualmente, alguns descontentes queimarão umas bandeiras nossas aqui e ali, talvez explodam umas bombas de protesto contra nós em Copacabana ou aqui na Rodoviária e assim, aos poucos, estaremos, ineludivel e implacavelmente, cercados de estrangeiros.   Depois, quando estivermos então entrando em nossa decadência  -  porque cedo ou tarde todos entram em decadência  -  a História registrará, em sua longa lista de impérios, o nosso, como um pequeno império de turno a mais, que o egoísmo dos homens gerou e que um dia sucumbirá a outro, na corrida implacável da história como nós a conhecemos.
Não, Senhor Presidente, Senhor Ministro, caros colegas, o Brasil não pode ser isso.   Não é para isso que nós devemos querer que o Brasil cresça.   Não é para repetir a história do egoísmo e da solidão.   Se quisermos ter um papel e uma presença no mundo, temos que ser outra coisa.   E podemos, por nossa história, por nossa formação, pelas lutas e pela índole do nosso povo e, também, por nossa circunstância, nós podemos ser outra coisa.
Essa outra coisa é a expressão e a prática da solidariedade, é a verdadeira cooperação, é a integração com nossa circunstância, é o altruísmo que incorpora o outro e se incorpora ao outro.   Esta outra coisa, na verdade, é o Amor.
Parece um escândalo !   Falar de amor em relações internacionais !   Em política externa e política internacional, falar de amor !
Mas sim, Senhor Presidente, Senhor Ministro, meus colegas.   Se nós não formos capazes de crescer juntos e em estreita intimidade com nossa circunstância, se não formos capazes de desenvolver esse novo tipo de relação com os outros em torno de nós, se não soubermos ser ontologicamente iguais, passaremos a ser, nós, o Brasil, mais um dos grandes, cuja passagem pela história das relações internacionais terá sido tão melancólica quanto a das demais potências que se sucederam, que todas mais contribuíram para a discórdia e o desentendimento entre os homens, do que para fazer caminhar a humanidade na direção de um desenvolvimento comum e geral, de uma solidariedade nas alegrias e nas misérias, na direção do Amor.
E esta, eu entendo assim, terá sido também a mensagem que vocês, nossos mais novos colegas, nos quiseram passar hoje, ao fazer esta extraordinária homenagem de escolher para patrona da turma a Dona Zilda Arns.   Poucas pessoas, como ela, no Brasil, souberam construir essa prática do amor levado às mais remotas circunstâncias.   Poucas pessoas como ela, no Brasil, nos ensinam que dar é dar, sem se preocupar em receber.   Ao morrer no Haiti, aonde tantos outros brasileiros foram e estão indo e continuarão a ir, imbuídos daquele mesmo altruísmo da verdadeira solidariedade, Dona Zilda nos indicava como a ação dos indivíduos pode ser também a ação dos governos, se esses governos procuram o desenvolvimento de verdadeira cooperação em suas relações internacionais.   Dona Zilda nos ensina que não só os brasileiros e a circunstância individual de cada um mas o Brasil, como país em sua circunstância internacional, pode desempenhar na história um papel novo e desejado, de motor da solidariedade e da verdadeira igualdade entre as diferentes nações e entre os diferentes povos.
Vocês devem ter estudado em Teoria das Relações Internacionais a velha e batida máxima de que os países não têm amigos, têm interesses e que aos diplomatas cabe defender aqueles interesses.   Pois bem, eu pergunto então :  e se nosso interesse é ter amigos ?   Eu acredito que nós hoje, diplomatas brasileiros, estamos chamados a defender esse nosso interesse novo, que é o interesse de ter amigos.  A mera defesa de interesses próprios separa e destrói.   A verdadeira amizade, pelo contrário, concede e constrói.
Isso me lembra a anedota do Embaixador da Hungria que foi mandado em missão espinhosa, no começo do século passado, à Romênia e ao ser suspeito de intransigência em seu diálogo com o Chanceler rumeno, teria respondido :  “Senhor Ministro, não sou intransigente ; quando vim à Romênia, coloquei na cabeça que nas conversas com Vossa Excelência teria que levar sempre em consideração 3 opiniões :  a de Vossa Excelência, a minha e a boa”.
Assim devemos ser nós, os diplomatas brasileiros, alguém que leva sempre em consideração a boa opinião, mesmo apesar da sua própria.
Pois a diplomacia não é apenas uma questão de conteúdo, é também, como todos sabem, uma questão de forma.   A velha questão da linguagem apropriada.
A esse respeito, ouvi uma vez em Londres una definição peculiar e pitoresca do que seja um diplomata.   Perguntaram ao famoso Chanceler britânico Lord Balfour o que era diplomacia e ele respondeu com esta espécie de parábola.   Havia um poderoso Califa que certa noite sonhou um sonho assustador :  ele sorria ao espelho e via cairem, um a um, todos os seus dentes.   Mal acordou, convocou os dois mais importantes adivinhos de seu califado e perguntou o que significava aquilo.   O primeiro lhe respondeu :  “Sofrimento e dor, Majestade !   Os dentes são Vossos filhos, que Vossa Majestade verá morrerem um atrás do outro e que com lágrimas enterrará”.   O Califa enfureceu-se com a notícia e mandou imediatamente empalar o adivinho de mau agouro.   Chamou o outro, então, que lhe fez um salamaleque e disse :  “Alegrai-vos, Senhor !   Os dentes são vossos filhos ;  e os deuses, que vos protejem, decidiram prolongar vossa vida mais além até do que a vida de vossos descendentes, para vossa maior glória e para maior felicidade de vossos súditos”.   O Califa, naturalmente, o cumulou de ouro.   Este último, segundo Lord Balfour, seria um diplomata.
Isso não significa que o diplomata deva mentir mas, sim, que deve buscar sempre a melhor maneira de transmitir sua verdade.   E a melhor maneira, em 99 por cento das vezes, é sempre com delicadeza, mesmo se com rude delicadeza, quando a situação assim o exigir .   O Chanceler Gibson Barboza me contou que certa vez perguntou a um jovem secretário sua opinião sobre um assunto espinhoso e o secretário lhe disse :  “Embaixador, posso ser sincero com o Senhor ? ”   O Gibson teria respondido :  “Meu filho, basta ser educado”.
Mas eu quero terminar sugerindo a vocês uma das melhores definições, para mim, do que deva ser um diplomata.   É uma definição que podemos tirar de uma extraordinária quadra de violeiro, creio que do inigualável cantador Cego Aderaldo  -  ou talvez tenha sido do Romano da Mãe d’Água ou do Inácio da Catingueira  -  quadra que retoma uma imagem medieval para definir a imaculada conceição de Nossa Senhora.  Se não me falha a memória  -  e me desculpem se desafino  -  , a quadra diz assim :
“No ventre da Virgem Santa
    Entrou a Divina Graça ;
    Como entrou, também saiu,
    Feito sol pela vidraça”
Isso deve ser o diplomata :  um sol que leva seu calor através da vidraça, sem estilhaçá-la ;  pode até esquentar a vidraça, mas jamais quebrá-la.
Eu volto, então, para finalizar, àquela pitoresca tradição da resposta do Chanceler Azeredo da Silveira, a que me referi no começo.   E volto para lembrar que o interesse daquela história não é apenas anedótico mas encerra um ensinamento vivo.   O de que o diplomata brasileiro deve ir a todos os lugares e aceitar todos os convites, na certeza de que em toda parte entrará e se fará ouvir, e sem quebrar vidraças.
    Senhor Presidente, Senhor Ministro, meus colegas.
Nestes últimos anos o Brasil abriu embaixadas em toda parte.   Eu mesmo tive a feliz incumbência de trabalhar para abrirmos as 8 Embaixadas que nestes últimos 8 anos o Brasil abriu no Caribe, fazendo-se, assim, presente em todos os países do continente americano.   E com isto eu me lembro, então, agora, do lema interessante e fecundo do dicionário Larrousse, que diz :  “Eu semeio por todos os ventos”.   Pois aqui, Senhor Presidente, Senhor Ministro, meus colegas, aqui estão 115 sementes que o Brasil vai semear por todos os ventos ;  e podem ter certeza de que a colheita vai ser farta.
Muito obrigado.




domingo, 20 de novembro de 2011

O espaço Diplomacia e Cultura!

Este Blog destina-se a ser um espaço para a reunião de livros, artigos, notícias, entrevistas, discursos, vídeos, e outras composições relacionadas à diplomacia e à cultura em geral, com vistas a ser uma ferramenta de apoio àqueles que buscam a aprovação no Concurso. 

Sob a ótica dos que almejam a aprovação, e com a plena consciência da árdua e longa preparação que se avizinha, procuraremos trazer contribuições das mais diversas e significativas àqueles que, assim como nós, aspiram a uma vaga no tão sonhado Instituto Rio Branco. 


A nossa pretensão é de que este ambiente se torne um referencial aos que buscam ampliar e aprofundar seus estudos, de modo a permitir a troca de informações e o acesso à publicações relacionadas ao programa do concurso.


Bons estudos!


Equipe Diplomacia e Cultura